Aberto da Austrália, Piso Duro, Melbourne Park, Melbourne, Victoria, Austrália:
Dia 14: Dia 29/01/2022:
SIMPLES MASCULINO: Final
A superação do espanhol Rafael Nadal será a marca que o Australian Open de 2022 deixará na história do tênis. Desacreditado antes do começo do torneio, o canhoto de Mallorca mostrou toda sua grandeza na final deste domingo em que perdeu os dois primeiros sets para o russo Daniil Medvedev e foi buscar uma incrível virada, conquistando seu 21º título de Grand Slam com parciais de 2/6, 6/7 (5-7), 6/4, 6/4 e 7/5.
Com uma exibição bem ao seu estilo, lutando até o último ponto nas 5h28 de batalha, Nadal se torna o recordista de títulos de Slam no momento, deixando para trás seus dois maiores rivais, o suíço Roger Federer e o sérvio Novak Djokovic, cada um com 20. De quebra, ele iguala uma marca que apenas ‘Nole’ havia conseguido até então na Era Aberta, se tornando o segundo a ter pelo menos dois títulos em cada um dos quatro principais torneios do circuito.
Porém, para acontecer essa façanha, vamos desenvolver a história a vocês, que começou com Medvedev, muito melhor na partida, com o russo sendo muito superior ao Touro Miúra, fechando a primeira parcial, com um 6-2, após quebras atingidas no quinto e sétimo games do set.
Já no segundo set, Nadal já demonstrava que estava melhor em quadra, saindo na frente após queda de rendimento do russo, e quebra de saque no quarto game, porém Medvedev, não dava o braço a torcer e chegou a devolver a quebra no game seguinte, mas quando foi sacar novamente, acabou quebrado, aí Nadal, foi sacar para a parcial em 5-3 e chegou a ter um set-point, mas acabou desperdiçando, e acabou sendo punido, pois mesmo tendo vantagem no tie-break, Nadal permitiu a virada e Medvedev, abriu 2 a 0 no jogo.
Porém, no terceiro set, Nadal elevou muito seu nível de jogo, que aproveitou a única quebra que teve na parcial, no 4-4, e logo após fechou em 6-4, e consequentemente, se mantendo no jogo.
O quarto set exacerbou a batalha física que se tornou este embate. Com os dois mostrando já estarem distantes de seu melhor momento, as chances vieram em profusão. Lutador, o espanhol se mostrou um pouco acima neste momento da partida, conseguindo criar mais chances, tanto que teve 10 break-points contra apenas 5 de Medvedev, que começou a sentir dores musculares e foi atendido. Ele converteu duas das suas chances contra apenas uma do rival e assim levou a decisão para o quinto.
E na parcial decisiva, tivemos um confronto muito equilibrado e com emoções a flor da pele, onde a primeira quebra veio a favor do canhoto de Mallorca, que aproveitou a chance no quinto game, e foi construindo vantagem até chegar no 5-4, onde foi a primeira chance que Nadal teve para fechar o campeonato, porém Medvedev conseguiu a reação e devolveu a quebra e confirmou na sequência, para chegar no 5-5, porém Nadal voltou a quebrar novamente o saque do russo e aí na segunda oportunidade, Nadal não deu bobeira, venceu o game de zero, e após um voleio de revés na paralela, Medvedev não conseguiu devolver, e a história estava escrita, com um 7-5, em uma virada incrível de Nadal.
Rafael Nadal conquistou pela segunda vez o Aberto da Austrália, e o 21º Grand Slam da carreira, se isolado como o maior campeão de Grand Slam entre os homens.
E para registro deste momento histórico, aqui vai o ponto final que deu o bicampeonato e o 21º Slam da carreira deste gênio que é Rafael Nadal, com a Narração de Fernando Nardini, na ESPN:
Nadal fecha o jogo e é bicampeão do Aberto da Austrália. Vídeo: ESPN e Autor
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| Nadal levanta pela segunda vez o título do Aberto da Austrália. Foto: Getty Images |
DUPLAS FEMININO: Final
As tchecas e líderes do ranking Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova tiveram de suar muito para confirmar o favoritismo e chegar enfim ao primeiro título no Australian Open. Isso porque Beatriz Haddad Maia e a parceira cazaque Anna Dalinina deram muito trabalho às líderes do ranking e campeãs olímpicas, saindo na frente do placar e cedendo a virada com máximo empenho. As duras parciais foram de 6/7 (3-7), 6/4 e 6/4, em duelo de 2h42.
Bia foi a primeira brasileira a disputar uma final entre adultos na Austrália desde Maria Esther Bueno, em 1965, e também de duplas femininas em Slam, após o título de Bueno no US Open de 1968. Além delas, apenas Cláudia Monteiro também disputou um título de Slam, ao lado de Cássio Motta, em Roland Garros de 1982.
Até então, as melhores campanhas de Bia nas duplas de Slam eram as oitavas de Wimbledon-2017, ao lado de Ana Konjuh, e da Austrália de 2018, com Sorana Cirstea. Agora, soma 112 vitórias e 65 derrotas na especialidade em torneios de primeira linha, tendo vencido três WTA, dois em Bogotá e outro em Sydney, este há duas semanas.
Danilina se tornou opção de última hora de Bia para formar dupla, já que a argentina Nadia Podoroska se contundiu. A cazaque voou da Tunísia para a Austrália com tempo de jogarem em Sydney e aí começaram a surpreender, faturando o título do WTA 500 após passar pelas cabeças 2. A campanha em Melbourne foi difícil. Estiveram atrás por 4/1 no terceiro set diante de Alona Bolsova/Ulrikke Eikeri e perdiam de 6/4 e 3/1 diante de Rebecca Peterson/Anastasia Potapova. Na semi, repetiram vitória sobre Shuko Aoyama e Ena Shibahara.
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| Tchecas tem trabalho, mas saem campeãs de duplas femininas em Melbourne, Haddad Maia e Danilina ficam com vice, após campanha histórica. Foto: Getty Images |
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